Sítios pré-históricos na Paraíba

Se já temos muitos motivos para orgulho, como paraibanos, acrescentemos mais um: as riquezas pré-históricas, que não nos faltam para aumentar mais o nosso ufanismo. Levantamento, devidamente cadastrado no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN- dá conta de que, na Paraíba, há 121 sítios arqueológicos espalhados por 36 municípios, número esse ampliado por pesquisas realizadas pelo Programa de Conscientização Arqueológica, a cargo do professor e arqueólogo Jurandi de Souza Santos, da UEPB, que atestam mais de 1.000 evidências em todas as microrregiões do Estado.
  
Natural que, pela notoriedade de que já gozam as Itacoatiaras  do Ingá, o Lagedo do Pai Mateus, em Cabaceiras e a Pedra do Touro, em Queimadas, são eles os destaques de todo um valioso acervo pré-histórico da Paraíba, que se espalha por todas as regiões do Estado: no litoral, no brejo, no cariri, no curimataú, no Sertão, enfim, não há nenhuma área do nosso território que não ostente os seus “tesouros” de sumo interesse para a arqueologia e a paleontologia nacionais.
 
Estudos feitos pelo professor Marcio Mendes, também da UEPB, detectaram fosseis de onze mil anos atrás nos municípios de Campina Grande, Puxinanà, Lagoa Seca e Areial, de extraordinário valor científico, em microbacias sedimentares, que originaram grandes lagoas, onde floresceu uma grande fauna pleistocênica, sobretudo, no lugar Lagoa de Dentro, distrito de São José da Mata e em Lagoa Salgada em Areial, nascente do rio Mamanguape.
 
Ademais, para aumentar o interesse científico pelas pesquisas da nossa pré-história, em termos de acervos arqueológico e paleontológico, o Laboratório Especializado da UEPB, através do Prof. Jefferson Silva, registra a ocorrência de eventos vulcânicos em Itapororoca, Queimadas e Boa Vista, bem como a presença de pegadas de dinossauros, de que tanto se orgulham os sertanejos de Sousa e seu entorno.
 
Enfim, a Paraíba não tem do que se queixar: sítios arqueológicos, fósseis paleontológicos, eventos vulcânicos, fauna diversificada, de passadas eras, tudo há no território paraibano. O que falta, talvez, seja o aproveitamento dessas riquezas pré-históricas para efeitos turísticos e maior divulgação desses achados no Brasíl e no exterior.
 
Com a palavra o Governo do Estado e os Prefeitos dos municípios referidos para promoveram o desenvolvimento de nosso turismo, dando-lhe, inclusive, esse viés histórico-cultural de que usam os países de outros continentes. Sem deixar de utilizá-los para efeito didático e formação docente e discente nas nossas universidades, como já vem fazendo a Universidade Estadual da Paraíba, pelo que merece nosso aplauso e todo o apoio das autoridades educacionais do país.

Retirado do Site: Vitrine do Cariri

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