Mulheres no Poder (Queimadas está presente nessa história)

Não é agora, com a eleição e posse da Presidente Dilma Roussef, que as mulheres aparecem à frente dos destinos do país. Inegável que a presença da primeira presidente, na história político-administrativa do Brasil, é fato inédito, e mostra o discernimento da nação quanto à confiança na igualdade de condições, entre homens e mulheres.
 
Em 1979, há mais de trinta anos, Eunice Michiles se elegia a primeira mulher senadora pelo Amazonas; em 1985, Maria Luiza Fontenele era eleita a primeira mulher prefeita de uma capital, Fortaleza; em 1989, uma guerreira paraibana, Luiza Erundina, conquistava a Prefeitura de São Paulo; em 1994, Roseana Sarney assumia os destinos do Maranhão, na condição de primeira mulher a fazê-lo. A Paraíba, por sua vez, elegia, em 1982, a primeira mulher deputada estadual, Vani Braga, enquanto que, em 1986,Lúcia Braga era eleita a primeira deputada federal. 
 
Vê-se, assim, que antes da atual Presidente da República, essas pioneiras, no exercício do poder, provaram que o exercício da vida pública não é tarefa só dos homens. A mulher, igualmente, está apta para o desempenho dessas responsabilidades.
 
Então, nada se pode objetar, quanto à eleição livre pela maioria do povo brasileiro da atual Presidente. Ela, dentre outros motivos, representa inovação no nosso processo democrático, acenando com novas práticas que devem acabar definitivamente com algum resquício de preconceito porventura existente contra as mulheres no poder.

Impõe-se citar a primeira prefeita paraibana e a primeira vereadora, bem como outras pioneiras nas lides públicas, na Paraíba: Dulce Barbosa foi a primeira Prefeita, em Queimadas, e a primeira vereadora em Campina Grande, na década de 1950, enquanto que Isabel Iracema Feijó da Silveira, foi a primeira  mulher eleitora, em Santa Rita, em 1929, e a Doutora Maria de Fátima Cavalcanti Bezerra é a primeira mulher a integrar a nossa mais alta Corte de Justiça.
 
Se me fosse permitido um registro, em nome das minhas raízes no cariri da Paraíba, acrescentaria que, nestas últimas eleições, depois de décadas, aquela região acaba de eleger a primeira mulher deputada estadual: Dra. Eva Gouveia, filha de Sumé. Então, acabemos com qualquer laivo de preconceito. Mulheres e homens são dotados das mesmas virtualidades, capazes de responderem aos desafios da vida, numa interação tal que dignifica e promove o ser humano. Que o diga Cida Lobo, hoje, a pesquisadora que organizou mais subsídios sobre a presença da mulher no Poder, na Paraíba, em razão do Memorial da Assembleia Legislativa.
 
No dia da mulher, nos juntemos às justas comemorações alusivas à data, como reconhecimento aos seus méritos à frente dos poderes e no exercício das mais elevadas funções no País e no Estado.

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