Coluna Jornal



Segue abaixo, os textos publicados na coluna cultural do Jornal FOLHA DO CARIRI, gostaria de agradecer a Luís , diretor do mesmo, que nos cede este espaço sempre. Muito Obrigado, é bom saber que existem pessoas envolvidas e comprometidas com a cultura de nosso municipio.

NOVENAS DE TERNO, PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL DE QUEIMADAS.

Acontece no dia 19 de Janeiro (véspera de São Sebastião) há 29 anos, no Sítio Capoeiras a Novena de Terno, que reúne os fieis da região e das proximidades para cultuarem ao santo. Este ano a TV Itararé esteve presente gravando uma matéria para o programa Diversidade.
A palavra Terno
Terno é o nome dado ao grupo de músicos que tocam instrumentos em sua maioria de confecção caseira e artesanal, objetos de valores sentimentais e culturais como tambores, flauta,triangulo, viola caipira, onde o intuito e nas novenas recolher ofertas do público para o padroeiro da comunidade, como esse ritual faz parte da novena,dar-se o nome NOVENA DE TERNO.
Durante a novena existem vários rituais.Reúnem-se o Samba de Coco Mestre Zé Zuca e a Banda de Pífano de Sr.Braz, que juntos realizam a dança de coco de roda e coco furado, interagindo com o público.
Estavam presentes na novena os representantes culturais do município: Melissa Araújo (Coordenadora de Cultura); Adriann Monteiro (Agente Cultural). Também prestigiaram esse evento Mª Sinforosa (Secretaria de Administração), representando o Exmo. Prefeito, Cristina Silva e  Elie (Colaboradores da Prefeitura) , Josias Farias (Agente de Desenvolvimento), Antônio França e Suerda, representando o Ponto de Cultura, além da presença de Celênia Macedo, coordenadora de projetos sociais da Fundação Pedro Américo. 
É prazeroso ver a manifestação cultural das pessoas através de sua crença, do esforço em manter as tradições religiosas locais, com práticas que passam de pais para filhos. O que reforça os aspectos culturais, imateriais e faz da Novena de terno um patrimônio indestrutível de um povo que ama seu modo de expressão artistico-cultural.

Queimadas, meio século de História
Cidade de encantos naturais, culturais e sociais.
No ano em exercício, a cidade de Queimadas, município do agreste paraibano completa 50 anos de emancipação política, e desde 14 de Dezembro de 1961 que o povo de Queimadas labuta por conquistas que toda cidade almeja para o desenvolvimento da mesma.
E neste meio século temos o prazer de ser a 12ª maior cidade do estado da Paraíba, estamos à frente da respeitosa cidade de Monteiro que tem mais de 130 anos de emancipação política, e que é terra natal de muitos artistas de nível nacional. Estes dados nos mostra que devemos ter orgulho de sermos filhos desta terra que tanto cresce e que tanto se desenvolve em áreas sociais, econômicas e culturais.
Durante 50 anos muitas figuras ilustres fizeram história, pessoas que com o seu trabalho tanto social como cultural deixaram um legado para as atuais gerações, muitos fazem ainda a nossa história e preservam a nossa identidade, para que as próximas gerações tenham acesso a um abundante acervo cultural e histórico do município.
Muitos anos se passaram filhos da terra que foram para outros lugares do Brasil em busca de uma vida melhor, voltam à cidade e vêem que a Queimadas mudou, cresceu se desenvolveu muitos fatos curiosos aconteceram, muitas autoridades já administraram a cidade, tivemos conquistas, por momentos perdemos a batalha mais não a luta de nos tornarmos uma cidade cada vez maior e melhor, muito pode ser conquistado, por isso que não podemos perder o orgulho de sermos Queimadenses, qual a cidade perfeita, a cidade encantada? Nenhuma, não existe!Todas com suas diferenças, pontos negativos e positivos, nós cidadãos queimadenses devemos honrar a nossa terra, pois é aqui que nascemos, crescemos e construímos a nossa vida.
Somos felizes, temos nossa LIBERDADE, isso nos possibilita que construamos a nossa própria história e só assim podemos fazer com que a nossa cultura se espalhe em todo o estado e nação para sermos cada vez mais respeitada, admirada e frequentada. Muito já foi feito em pouco tempo e hoje podemos abrir nossos lábios e dizer: Queimadas é uma cidade boa pra morar e viver, pois a cada ano se torna uma cidade maior e melhor.
Um Olhar Cultural da Feira do Acari

Na coluna dos 50 anos de Queimadas, vamos mostrar os nossos bens culturais, as nossas tradições, os nossos costumes, nossa cultura e nossos patrimônios, na postagem dessa semana vamos falar da feira de Queimadas, a tão falada Feira do Acari,a sua importância cultural e econômica.
Sabemos que geralmente uma feira é composta por pessoas comuns e trabalhadoras, que formam um grupo social que muitas vezes é relegado a uma posição inferior na sociedade, sendo vistos como “fracos” e impotentes, devendo sempre obedecer aqueles considerados mais “fortes”. A finalidade desse breve texto, é mostrar a feira livre do município de Queimadas – PB que é histórica e se enquadra nos vastos segmentos da historia social e cultural, procuramos analisar principalmente os motivos que levaram os feirantes a resistirem a modernidade, pois sabemos que com o surgimento de modernos supermercados, a feira esvaziou-se, mais ainda existe. Podemos considerar os feirantes grandes “heróis” pois sempre arrumam um jeito de chamar atenção do freguês, diferente das estruturas modernas dos supermercados, na feira existe uma relação cara a cara entre o freguês e o comerciante, característica fundamental e cultural das feiras livres. Podemos relembrar vários momentos da feira do Acari, no inicio era aos domingos onde os moradores da zona rural vinham fazer suas compras da semana, depois ficou sendo aos sábados na Rua: Sebastião Lucena, (Rua do Banco do Brasil) logo em seguida os governantes acharam melhor retirar a feira de frente a agência bancaria, para evitar transtornos, e ficou sendo na Rua: César Ribeiro ( próximo a secretária de educação ), depois de meses os feirantes são deslocados e vão para um quarteirão, com mini-boxes feitos pelo poder público, porém foi insuficiente o espaço físico e muitos vendedores ficaram de fora, com o decorrer do tempo os moradores e os vendedores não se adaptaram ao local e os comerciantes se deslocaram para a Rua: José Maia, ( em frente ao mercado público), onde permanecem até os dias atuais, a feira é muito importante para a cidade pois lá encontramos uma grande diversidade de produtos artesanais, industriais e alimentícios, além de ser uma grande fonte de renda para várias famílias queimadenses.

 Queimadas e sua Cultura
Aconteceu na cidade de Boqueirão no período de 16 à 20 de Novembro a 5ª edição do Balaio Cultural, vou aproveitar esse espaço para falar um pouco  desse evento tão grandioso que tive a oportunidade de participar e prestigiar juntamente com a população tão presente e tão calorosa.  
O Balaio é uma iniciativa do CEFAR (Centro de Formação Artística de Boqueirão) e pela Prefeitura Municipal de Boqueirão, que conta com o apoio do GOVERNO DA PARAIBA e de diversas lideranças políticas e instituições comprometidas com o desenvolvimento cultural a exemplo do: SEBRAE, UEPB, CAIXA, BANCO DO NORDESTE entre outras. Durante 5 dias a cidade respirou cultura e trouxe de 6 estados brasileiros grupos artísticos para se apresentar, a exemplo do ator da Rede Globo: Luis Carlos Vasconcelos, os boqueirãoenses e turistas tiveram um verdadeiro  banho de cultura.
Dança, Teatro, Música, Mesas Literárias, Oficinas foram levados ao público que prestigiou aquele evento. As redes sociais se encheram de noticias, postagens, matérias em vídeo, cobertura pelas mídias de TV, um evento muito bem planejado e divulgado digno de aplausos.
Mais não venho só falar do balaio, quero mostrar a importância desses eventos para o desenvolvimento da cidade como seria bom se todos os gestores públicos tivessem essa iniciativa em investir em cultura para que os cidadãos pudessem ter acesso aos espetáculos que ali foram apresentados, nunca é o bastante para se fazer na cultura, sempre se deve buscar mais e mais. São eventos que requerem muito investimentos financeiros e também humanos devem ter pessoas qualificadas e preparadas para idealizar e executarem um evento com um êxito positivo.
Então fica aqui o alerta as autoridades públicas dos municípios do cariri paraibano, os investimentos com a cultura geram a economia local e empregos, trazendo também muitos benefícios para a população que é com quem devem se importar em eventos assim é transmitido conhecimentos que jamais serão perdidos, conhecimentos para a toda a vida, que marcará gerações com uma simples ação senhores prefeitos, vocês podem mudar a vida, a visão, abrir novos horizontes para a população e assim Gestão e População ambos crescerão juntos para o caminho certo.
Parabéns Boqueirão... Em breve Queimadas também será sede de um evento assim, vamos lutar para que isso aconteça! Crescer sem Cultura, não adianta, muito já foi feito e não podemos parar!  


CULTURA DIGITAL: QUEIMADAS NO RUMO CERTO

Olá, amigos Leitores, neste pequeno texto venho mostrar a vocês o valor ta tecnologia, sua importância no meio em que vivemos e como pode ser útil, a união desses avanços tecnológicos com a nossa cultura, já que a tecnologia é vista como um instrumento fundamental na vida das pessoas, onde todo individuo tem a necessidade de utilizá-lo, acabando assim por depender do mesmo.
Toda cultura deve ser difundida, deve se espalhar, para que outras pessoas possam ter cada vez mais acesso a informações, e assim crescer intelectualmente e culturalmente, formando uma pessoa bem sucedida em todos os âmbitos sociais, e como difundir, como divulgar? 
Se essa pergunta fosse feita há anos atrás poderíamos dar varias respostas a exemplo de: Livros, histórias, jornais, revistas, rádio, mais como as coisas mudam hoje a resposta imediata e universal não deixa de ser essa, mais é resumida em uma só: INTERNET, pois todos esses meios de divulgação foram adaptados para a ela,possibilitando assim um maior acesso, pessoas que nunca compraram um livro, hoje pela internet, tem a possibilidade de tê-lo gratuitamente, isso torna esse veiculo mais requisitado e de fácil inclusão.
Em 2008, necessitei fazer uma pesquisa escolar sobre Queimadas, fui ao  site de buscas mais acessado “GOOGLE” e com as palavras chaves CULTURA DE QUEIMADAS, não obtive sucesso e me decepcionei quando o que encontrei foi apenas 2 informações de estatísticas desatualizadas, e isso me inquietou, quando então com auxilio de minha amiga Melissa Araujo( Coordenadora de Cultura de Queimadas), criamos um “Orkut” para colocar imagens e textos sobre o nosso município, mais tarde criamos um Blog, o atual Queimadas Cultural, pioneiro em divulgar nossa cultura na Internet, sendo o primeiro site indicado no GOOGLE, quando buscamos com as palavras chaves que em 2008 procurei: CULTURA DE QUEIMADAS, e isso me gratifica em saber que milhões de pessoas tem acesso a nossa cultura através desse meio, pois não ficamos parados no tempo, só com as fotos no baú, colocamos elas para o povo, divulgamos o que temos de melhor, e a partir daí surgiram outros amigos que tiveram a mesma idéia, e hoje alimentam blogs, com o mesmo conteúdo, assim nossa cultura e divulgada e mais pessoas vêem que Queimadas é uma cidade com potencial cultural e turístico tirando um estigma negativo que tinham a seu respeito, graças aos avanços tecnológicos que nos possibilitou e graças a você leitor que hoje ler esta coluna no jornal, e que pode acessar também o nosso blog: HTTP://queimadascultural.blogspot.com .



 Coco de Roda: Mestre Zé Zuca

Uma Cultura que ultrapassou as Gerações 
Entre os tesouros e manifestações culturais que a cidade possui, podemos citar o Coco de Roda, tradição com mais de 200 anos, que tem características herdadas das culturas indígena e africana que remontam à época da  colonização do Brasil. O Coco de Roda é uma tradição amplamente praticada nas zonas rurais do município de Queimadas, especialmente nas Novenas de Terno.
O Samba de Coco Mestre Zé Zuca é formando por 24 pessoas sendo eles 12 homens e 12 mulheres, o grupo já é referência em todo os estado quando se fala em Cultura de Queimadas, tendo a oportunidade de se apresentar em festivais internacionais e em vários eventos em todo o estado, tendo sua apresentação mais recente no tradicional Festival de Arte de Areia (Areia –PB) a maioria dos integrantes é formando por pessoas com mais de 60 anos que amam a dança e que reconhecem a importância da atividade cultural para o município, as apresentações são dividas em duas partes a ciranda e o coco furado.
 Sua origem é do município de São Vicente Ferrer em Pernambuco, sendo incluso em Queimadas mais especificamente no Sítio Verdes por volta dos anos 20,  seu precursor Zé Zuca, nome dado ao grupo, aprendeu a dança através de uma mulher denominada Maria Rochinha. Este ensinou a maioria dos coquistas da região do Município de Queimadas.  Existem várias novenas tradicionais na região onde o coco de roda é praticado juntamente com elas.
Essa tradição que ultrapassou as gerações não pode deixar de existir, temos que envolver nossas crianças, nossos jovens para que possam aprender essa cultura tão peculiar para que seja repassada, fazendo assim com que a nossa cultura não se perca com o passar do tempo.
Este é o nosso patrimônio, não deixemos ele chegar ao fim com o termino da vida dos atuais componentes.



50 Anos Queimadas, espera por você!

Já é notável as mudanças que a cidade de Queimadas passa, são avanços sociais,
estruturais, econômicos e culturais,não hesitei quando o amigo Elmo me convidou para
ser colunista do Portal Queimadas, e o primeiro tema que me veio na cabeça foi os 50
anos de emancipação política de nossa cidade. Vamos no decorrer do ano, através desta
temática tentar conscientizar a população da importância dessa comemoração tão
importante e ímpar. Nestes 50 anos a cidade ganha um novo visual, uma nova cara
sendo assim a cidade que mais cresce no Agreste Paraibano.
E não podemos falar em crescimento sem mencionar as transformações, e entre tantas
vamos discorrer um pouco sobre as alterações sofridas na praça do centro da cidade.
Nem sempre a Rua João Barbosa da Silva foi pavimentada e nem havia sistema
de esgoto, deixando assim a principal rua da cidade sem brilho. Com o passar dos anos
o poder publico pavimentou a mesma e colocou pequenos bancos de feitos de tijolo,
podemos também destacar a presença de arvores do tipo castanholas estas extintas no
passar do tempo. Ainda voltando aos primeiros anos de nossa cidade podemos lembrarnos
do primeiro prédio com o 2º Andar da cidade, onde hoje esta a sede da Energisa.
As mudanças não pararam por ai, com o crescimento da cidade veio também o
aumento da população e assim foram construídos novos bancos, trazendo maior
conforto para a comunidade que visita o centro da cidade. Porém atos de vandalismo
vinham aos poucos destruindo a praça e seus bancos, fazendo com que o poder público
viesse a retirar todos os bancos da cidade, reformando assim a praça que fica no centro
da cidade.
Porém deixaram sem bancos o único lugar de lazer e encontros da cidade. A
comunidade passou a fazer reclamações e saudosas observações sobre o tempo que a
praça tinha bancos. Assim, percebe-se que a praça central do município é um
patrimônio cultural.
No fim de 2010, se iniciou a construção de uma nova praça, está maior, onde
não se resumiria só na passarela da Rua João Barbosa da Silva, se estendendo no Largo
da Matriz, onde foram construídos dois quiosques a fim de gerar renda e criar um novo
ponto de encontro para os queimadenses, na mesma foi construída uma academia ao ar
livre para crianças, adultos, idosos cuidarem da saúde, toda a iluminação do centro foi
trocada, deixando assim a cidade mais brilhante e aconchegante, só que uma cidade bem
cuidada é uma cidade limpa e bem sinalizada, sendo assim o poder público espalhou por
toda a cidade lixeiras e sinalizaram as ruas mais movimentadas da cidade: Eunice
Ribeiro e Odilon Almeida Barreto, proporcionando assim um trânsito mais seguro para
os motoristas e pedestres.
Esperamos por mudanças e pela preservação total dos bens culturais, e
estruturais que ganhamos. Na próxima semana vamos discorrer mais um pouco sobre
nossa cidade, todas as riquezas que conquistamos nestes 50 anos de emancipação
política, que venham mais 50 anos e quem venham mais mudanças.

Um Olhar Cultural da Feira do Acari

Na coluna dos 50 anos de Queimadas, vamos mostrar os nossos bens culturais, as nossas tradições, os nossos costumes, nossa cultura e nossos patrimônios, na postagem dessa semana vamos falar da feira de Queimadas, a tão falada Feira do Acari,a sua importância cultural e econômica.
Sabemos que geralmente uma feira é composta por pessoas comuns e trabalhadoras, que formam um grupo social que muitas vezes é relegado a uma posição inferior na sociedade, sendo vistos como “fracos” e impotentes, devendo sempre obedecer aqueles considerados mais “fortes”. A finalidade desse breve texto, é mostrar a feira livre do município de Queimadas – PB que é histórica e se enquadra nos vastos segmentos da historia social e cultural, procuramos analisar principalmente os motivos que levaram os feirantes a resistirem a modernidade, pois sabemos que com o surgimento de modernos supermercados, a feira esvaziou-se, mais ainda existe. Podemos considerar os feirantes grandes “heróis” pois sempre arrumam um jeito de chamar atenção do freguês, diferente das estruturas modernas dos supermercados, na feira existe uma relação cara a cara entre o freguês e o comerciante, característica fundamental e cultural das feiras livres. Podemos relembrar vários momentos da feira do Acari, no inicio era aos domingos onde os moradores da zona rural vinham fazer suas compras da semana, depois ficou sendo aos sábados na Rua: Sebastião Lucena, (Rua do Banco do Brasil) logo em seguida os governantes acharam melhor retirar a feira de frente a agência bancaria, para evitar transtornos, e ficou sendo na Rua: César Ribeiro ( próximo a secretária de educação ), depois de meses os feirantes são deslocados e vão para um quarteirão, com mini-boxes feitos pelo poder público, porém foi insuficiente o espaço físico e muitos vendedores ficaram de fora, com o decorrer do tempo os moradores e os vendedores não se adaptaram ao local e os comerciantes se deslocaram para a Rua: José Maia, ( em frente ao mercado público), onde permanecem até os dias atuais, a feira é muito importante para a cidade pois lá encontramos uma grande diversidade de produtos artesanais, industriais e alimentícios, além de ser uma grande fonte de renda para várias famílias queimadenses.

“Valorizando nosso Patrimônio, Preservando a nossa Cultura”
No dia 14 de Dezembro de 2011 o município de Queimadas completa 50 anos de emancipação política são Bodas de Ouro e não tem como falar em ouro sem lembrar-se de tesouros, por isso iremos discorrer um pouco dos muitos de nosso município nas próximas semanas, para inicio de conversa vamos entender o seu conceito, muitas pessoas tem um conceito errado e precipitado, vejamos o seu verdadeiro significado. Um Tesouro é tudo aquilo que é muito valioso, muito estimado. Uma grande quantidade de objetos preciosos, de relíquias, pedras, metais e moedas. É também tudo o que, por suas qualidades imateriais, adquire excepcional valor para a sociedade. Um livro, um ensinamento, ou mesmo uma pessoa de qualidades tão raras e preciosas, que sua perda traria enorme aflição à sociedade. Um grande artífice, um excepcional arquiteto, um músico, um poeta, cada um deles pode ser um tesouro vivo nacional.
Com o objetivo de valorizar e preservar o patrimônio cultural conhecido ou não que existe em Queimadas vamos através deste confirmar a importância do patrimônio cultural municipal. Afinal, o patrimônio cultural não diz respeito somente a "coisas antigas"; ele é vivo e dinâmico, como reflexo de nossa cultura. A todo o momento estamos deixando nossas marcas na História e construindo nossa teia de relações sociais. Pensar o patrimônio como parte do cotidiano é imprescindível para compreender sua importância em nossa identidade.
O 1º Tesouro que vamos mostrar nesta semana é o prédio da Igreja Matriz Nossa Senhora da Guia que é uma das edificações mais antigas da cidade, no ano de 1888 foi construída a primeira capela da cidade, as igrejas tinha um forte influencia na fundação das cidades brasileiras, ficando a mesma sempre no centro, em um lugar privilegiado, onde a partir dessa localização vão se definir centro e periferia, e em Queimadas não foi diferente.
A igreja é uma preciosidade histórica para a população queimadense. No ano de 1904 foi realizada sua primeira reforma, mantendo-se sua arquitetura original, porém no ano de 2003 o teto caiu causando um prejuízo histórico e arquitetônico para a cidade. A referida igreja, construída no século XIX, tinha em seu interior quatro enormes colunas cilíndricas, piso de mosaico. A parte do teto sobre o altar era côncava ficando parcialmente destruída, conforme relato de um pedreiro que no momento se encontrava no local fazendo alguns reparos na parte interna, como relata Lopes (2006):
A igreja se encontrava fechada eu estava fazendo reparos por fora dela,
quando as colunas existente no interior começaram a rachar eu deixei
imediatamente o local mais o servente, nesse momento o teto ruiu
completamente destruindo os bancos, o piso e o altar, restando apenas as
paredes laterais e a fachada (Citação referente ao depoimento do pedreiro
que participou da reforma da Igreja Matriz de Queimadas em 2003.
Depois desse acontecimento a igreja foi reconstruída, mas não foi possível fazer uma restauração para trazer de volta um pouco de seu passado histórico. Atualmente apresenta em sua arquitetura características da arquitetura moderna,
observa-se que boa parte de sua memória arquitetônica se perdeu, já que esta reconstrução não manteve as características, vemos assim que a Igreja Nossa Senhora da Guia é um Tesouro de nosso município.
Patrimônio Cultural Histórico Arquitetônico de Queimadas.

Adriann Monteiro - Agente Cultural